terça-feira, 31 de março de 2009

É Olho


Durante o jantar, enquanto comia meu sanduíche, eu me peguei pensando em comer outro logo depois. Que coisa mais gorda! Nem tinha acabado de comer e estava querendo comer mais...

Cometi um pecado e coloquei uma fatia a mais de queijo dentro do meu sanduíche, com a intenção de que ficasse mais suculento, mas, na verdade, comi umas calorias a mais sem necessidade, pois o sanduíche ficou com o mesmíssimo gosto. Eu ainda estou me boicotando.

Apesar do queijo a mais, hoje o dia foi melhor do que andava sendo. Comi no restaurante e foi tudo bem, consegui ficar nas porções e na qualidade certa (apesar de eu achar qe a comida é preparada com muito óleo). O microondas do trabalho estragou e os marmiteiros terão que ficar algum tempo sem o precioso instrumento. Vão ser alguns dias de restaurante para eu encarar e vencer...

"Senhor, dai-me força para vencer a tentação da cebola empanada, da polenta frita, da lasanha, do espagueti com bacon, do risolis... da batata frita!"

Eu desenvolvi uma técnica para comer nesse restaurante perto do trabalho: começo na ponta das saladas, enchendo o prato. De um lado do buffet tem o básico feijão-arroz-legumes refogados. Escolho o que me convém. No outro lado é que a porca torce o rabo (e engorda), temos lasanha, batata, massas e molhos gordurosos. Passo batido. Em cima tem as frituras, bem no meu nariz... faço de conta que não vi. Escolho uma carne que me pareça apetitosa e sem muita gordura e é isso. Nem olho para a mesa da sobremesa. Vamos ver o que acontece nessa quinta-feira, quando vou me pesar.

Dei uma perneada pela cidade para comprar o meu próximo modelito, já que o 50 está servindo. Saí procurando uma calça jeans 48 e uma camisa. Na primeira loja que entrei a vendedora me disse: Não vai servir... Deu vontade de encarnar o Saraiva e responder: Te perguntei, fofa? Em vez disso agradeci a atenção e fui embora. Passei pela loja onde costumo comprar as minhas roupas (é uma loja de tamanhos especiais), e a vendedora, que já me conhece, me disse que em breve vai perder cliente, porque trabalha com numeração do 50 pra cima. Futricamos a loja e realmente tinha pouca coisa que ainda servia em mim... não comprei nada, mas fiquei tão emocionada. Fiquei pensando onde poderia comprar uma roupa menor que eu sem ter que explicar que queria levar assimm mesmo... e percebi que um 48 posso comprar na Renner, C&A e essas lojas do gênero! Vou comprar minha primeira roupa marca Renner... Tenho uma amiga que me fala que eu sou estranha, porque, enquanto todo mundo quer comprar roupas em lojas de marca e butiques, eu sonho em comprar uma roupa na Renner. A questão é que os tamanhos deles são tão pequenos e limitados que me sinto mais magra se entrar em um deles. E a qualidade da roupa não está me importando muito, já que vou usar por pouco tempo até emagrecer mais e ela deixar de servir.

Matei a academia. Preguiça pura. Dois pecados hoje: gula e preguiça... três... um pouco de vaidade, ando amando me olhar no espelho.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Um deslize vira uma avalanche

Ó céus! É duro ter que reconhecer, mas vacilei feio. Ou melhor, venho vacilando desde sexta-feira. Tudo começou com um prato programado, ou melhor, um copo programado. Eu tinha escolhido tomar três doses de tequila numa festa que eu ia ir na sexta-feira, mas depois do terceiro copo, tomei mais dez. Porre total. No sábado eu era um resto humano. Jantei batata recheada... Fui para outra festa, sem programar nada. Dormi na casa de um amigo porque iríamos direto para a praia no dia seguinte. Chegando lá a mãe resolveu fazer estrogonofe. Pedi que separasse uma porção pra mim antes de misturar o creme de leite, mesmo assim, comi demais. O tempero da mãe é uma cilada. Comi pastel de queijo na estrada. Hoje, comi batata frita no almoço e agora, acabo de devorar dois miojos. E eu detesto miojo.
Muitas vezes, quando eu consigo um resultado bom em uma semana, me boicoto na seguinte. É como se eu não quisesse emagrecer. Quando eu vejo que minhas ações estão me emagrecendo, começo a me desesperar e a comer errado.
Faltei à academia hoje.
Sempre que pego uma coisa para comer que não é a ideal eu penso: isso não vai me levar ao emagrecimento. Daí como. O lógico não seria pensar isso e escolher não comer? Ou comer o que cabe nos meus objetivos?
Começo o plano de novo nesse exato momento e vou tentar correr atrás do prejuízo. Preciso refletir mais sobre isso, porque existe um gatilho aí que eu ainda não entendo.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Esforço = Resultado

Hoje fui ao grupo e me pesei. Adorei o resultado: -1.65. Semana que vem quero manter a média. Estou bem motivada! Valeu lutar contra a vergonha da academia, contra os amigos oferecendo guloseimas, contra a gula do mais um pedaço... A calça número 50 que comprei quando usava 52, está servindo que é uma beleza e essa semana vou comprar uma 48 pra deixar exposta na meu quarto... se bem que deveria deixar ela na cozinha. O complicado vai ser ter que ficar explicando o que a calça está fazendo colada à porta da geladeira a todos que me visitarem. Acho melhor deixar no quarto mesmo.
Quanto mais eu emagreço, mais coisas de mulherzinha eu quero fazer, como: mudar a cor do cabelo, fazer unha, usar salto, maquiagem e ficar me olhando no espelho. Quanto a esse último é o mais interessante. O corpo da gente, nesse processo de emagrecimento, vai se metamorfoseando de uma maneira engraçada. Fico pensando que se eu me filmasse 24 horas por dia e depois passasse em câmera rápida, pareceria o Professor Aloprado quando se transformava no ele-magro. O corpo não emagrece todo ao mesmo tempo... uma semana diminui o braço, na outra, a bunda, na outra a perna e por último, bem por último, vemos a barriga dar uma diminuidinha, bem de leve, que ela é reticente quanto à mudanças.
Agora quero um espelhão, daqueles de corpo inteiro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A Academia ou Sofrer com Prazer

Hoje fui à academia. Parecia uma abobada olhando as máquinas como se fossem engenhocas de outro planeta. Tem que ter doutorado pra usar aqueles negócios. Segundo o instrutor, com o tempo, vou fazer a série de musculação de olhos fechados... e quando isso acontecer, ele monta outra, só pra me ver sofrer. Ele não disse isso, mas eu li nas entrelinhas.

Tenho uma questão muito pessoal com a academia, que acho que outras pessoas (principalmente as que não são magras) podem viver também, que é sentir-se um peixe fora d'água. Não é que as pessoas te olhem de um jeito diferente por não ser magra como elas, mas é coisa da minha cabeça mesmo. Fico me comparando com as meninas de roupa justinha e me sentindo feia. Sei que isso não é bem assim. Acredito que isso aconteça porque escuto tantas vezes martelarem na minha cabeça que ser gordo é vergonhoso e feio, que acabo acreditando e a autoestima vai para o dedão do pé. Sei que não vou ser mais bonita magra do que sou hoje, mas vou me encaixar no padrão que o mundo exige... Então as pessoas vão dizer: que bonita que você está! E eu vou acreditar. O ideal seria saber que sou bonita de qualquer jeito, mas, condenem-me, preciso que os outros me digam.

A academia é também um sofrimento físico. Você fica lá, suando, se esforçando, ficando vermelha e fedida... mas depois que acaba, dá um prazer. O sangue circula, você fica desperta (cansada, mas desperta), animada. Pra mim é como se eu tivesse tomado uma droga que me faz ficar bem alegre. Deve ser a tal química que corre no corpo com o exercício... serotonina, dopamina e o diabo a quatro. Ou seja, tô chapadona nesse exato momento.
Amanhã é dia de conferir os resultados da semana, vou encarar a balança na fé.

terça-feira, 24 de março de 2009

Dia do quase

Um dia quase perfeito... Me passei numa porção de carne no jantar... Ô tristeza. Demorei pra comer e fiquei azul de fome. O problema não é comer pouco, mas não conseguir comer na hora certa.
Preciso dormir, porque, afinal, dormir também emagrece.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Primeiro eu!

Por que a gente tem a mania de colocar tudo antes de nós mesmos?
Hoje eu coloquei antes de mim o meu sono, minha preguiça, o apartamento que tenho que entregar até o dia nove (estou me mudando), o trabalho e a limpeza do apartamento novo. Isso quer dizer que acordei mais tarde do que devia, perdendo o horário da manhã que eu iria malhar. Como o trabalho estava um caos, esqueci do lanche da tarde e fiquei faminta até chegar em casa. Foi um sofrimento não comer todo o pacote de pão em vez das duas fatias que era o ideal. Resisti bravamente. Perdi a aula de Ritmos, que eu faria às 6h30 porque faltou tinta para acabar de pintar o apartamento antigo e eu tive que sair correndo para buscar. Se não fosse o bastante, em vez de ir para a academia fazer minha série de musculação, resolvi limpar a cozinha, já que amanhã o encanador vai vir arrumar a pia que está vazando... affff
Poderia ter feito tudo diferente, de uma maneira que cuidasse de mim em primeiro lugar. Priorizar-se não é egoísmo e não é uma coisa feia (apesar de muitas pessoas insistirem que é). Preciso estar saudável para continuar cuidando da minha vida, dos meus queridos, do meu apartamento...
Amanhã o dia vai ser corrido também. O encanador vai chegar às nove horas, isso significa que preciso ir para a academia uma hora mais cedo, para que dê tempo de receber o cara. Meus lanches já estão devidamente ajeitados para que me acompanhem durante o dia.
Amanhã, vou fazer um dia perfeito.

domingo, 22 de março de 2009

O Domingão do Faustão

Domingo é dose...
Manter os hábitos corretos é sempre mais difícil quando se quebra a rotina, não é?
Não programei direito meu dia, fiquei com fome e comi um pão recheado mega-super-uber calórico. Com fome é mais difícil dizer não.
Agora que cheguei em casa e comi minhas fatias de abacaxi geladinhas. O negócio é voltar ao plano.
Amanhã vou à academia. Vou fazer minha série de musculação pela manhã e, à tarde, tem uma aula chamada Ritmos (pelo que me informei é um tipo de aula de dança), pode ser que eu me divirta... Mudei meu horário de aula pra poder ir. hehehe
Ando pensando em comida o dia inteiro. Algo não vai bem emocionalmente. Já percebi que quando estou entediada, triste, ansiosa ou qualquer outra coisa, como desesperadamente. Sei que só vai piorar minha situação, mas o esforço para convencer a minha cabeça de que eu não preciso comer é enorme e dá um cansaço que, às vezes, me faz perder a batalha. Mas é só uma batalha, não a guerra...
Estou achando interessante fazer essa analogia do emagrecimento com a guerra. Eu tenho uma mãe magra (que ódio!), um pai magro (que ódio!) e uma irmã magra (que ódio! - mas não é ódio deles, meus amores-amados, é ódio de não poder dar a desculpa de ser gorda por culpa de genética... hahaha), e eu fui reclamar para a médica de como podia ser assim. Eu comia a mesma coisa, cresci na mesma casa e engordo feito balão de gás em festa de aniversário. E a médica respondeu: parabéns, essa é a tua luta. Cada pessoa tem sua luta pessoal, sua predisposição para certas doenças, facilidades e dificuldades na vida. Meus pais não tem essa dificuldade em manter o peso, mas devem ter outras lutas para conquistar. De certa forma, gostei desse discurso, porque me deu uma vontade de vencer a luta... é, eu sou bem competitiva.

sábado, 21 de março de 2009

A velha gorda

Quando eu fui à medica, fazer uma consulta de rotina, não pensei que fosse escutar tanto desaforo. Entre outras coisas, ela me chamou de velha e gorda. Fiquei fula da vida, mas pensando no que ela me disse: com o advento dos trinta e o peso que eu estava, podia ser que as coisas não acabassem bem mesmo.

Fiquei me sentindo uma velha gorda por algum tempo, pensando no que eu poderia fazer para deixar de ser gorda, porque velha eu ficaria e não tem jeito de remediar.

Fazendo um trabalho fora do meu lugar de rotina, encontrei uma colega que contou estar reaprendendo a comer em um grupo de reeducação alimentar. Achei engraçado, porque comer (pensava eu) era o que eu fazia de melhor.

Sai do trabalho com ela, já que era dia de reunião do grupo. Cheguei lá e fui pesada e medida, participei da reunião e fiz uma consulta com a nutricionista, que me passou o programa e explicou como funcionava o negócio. Eu estava com 103,8 quilos, bem distribuídos nos meus 1,65 metros de altura.

Já se passaram 32 semanas desde que comecei o emagrecimento. Agora peso 98,5 quilos, mas acho que posso melhorar essa média de 0,165 gramas por semana.
E lá vamos nós!