quarta-feira, 25 de março de 2009

A Academia ou Sofrer com Prazer

Hoje fui à academia. Parecia uma abobada olhando as máquinas como se fossem engenhocas de outro planeta. Tem que ter doutorado pra usar aqueles negócios. Segundo o instrutor, com o tempo, vou fazer a série de musculação de olhos fechados... e quando isso acontecer, ele monta outra, só pra me ver sofrer. Ele não disse isso, mas eu li nas entrelinhas.

Tenho uma questão muito pessoal com a academia, que acho que outras pessoas (principalmente as que não são magras) podem viver também, que é sentir-se um peixe fora d'água. Não é que as pessoas te olhem de um jeito diferente por não ser magra como elas, mas é coisa da minha cabeça mesmo. Fico me comparando com as meninas de roupa justinha e me sentindo feia. Sei que isso não é bem assim. Acredito que isso aconteça porque escuto tantas vezes martelarem na minha cabeça que ser gordo é vergonhoso e feio, que acabo acreditando e a autoestima vai para o dedão do pé. Sei que não vou ser mais bonita magra do que sou hoje, mas vou me encaixar no padrão que o mundo exige... Então as pessoas vão dizer: que bonita que você está! E eu vou acreditar. O ideal seria saber que sou bonita de qualquer jeito, mas, condenem-me, preciso que os outros me digam.

A academia é também um sofrimento físico. Você fica lá, suando, se esforçando, ficando vermelha e fedida... mas depois que acaba, dá um prazer. O sangue circula, você fica desperta (cansada, mas desperta), animada. Pra mim é como se eu tivesse tomado uma droga que me faz ficar bem alegre. Deve ser a tal química que corre no corpo com o exercício... serotonina, dopamina e o diabo a quatro. Ou seja, tô chapadona nesse exato momento.
Amanhã é dia de conferir os resultados da semana, vou encarar a balança na fé.

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